Quantas vezes você viu o tema “transição energética” em pauta nos últimos meses? Aposto que não foram poucas.
Caso você não saiba, chamamos de transição energética o processo de substituição de combustíveis fósseis (como petróleo e gás natural) por fontes de energia renováveis (etanol, por exemplo).
O objetivo final é uma matriz energética com baixas emissões de carbono, e, portanto, sustentável. A superação dos combustíveis fósseis, que demoram milhares de anos para se formar, em prol de fontes renováveis, por sua vez garante uma proteção contra a escassez.
Por mais que esse seja um assunto bem discutido entre ambientalistas, não estou aqui só para falar de sustentabilidade. A questão é que a transição energética é um tema relevante para o mercado e existe uma empresa brasileira que pode se beneficiar dessa oportunidade de inovação.
Ficou interessado? Então continue lendo, porque vou te explicar direitinho do que estamos falando.
Guerra da Rússia evidencia ‘brecha’ no mercado
Em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia, a interrupção do fornecimento de gás natural para o continente trouxe à tona a necessidade de investir em fontes de energia renováveis, diante da perspectiva de escassez do combustível em pleno inverno europeu.
Isso porque a Rússia, que é a maior fornecedora de gás natural do continente, interrompeu seu fornecimento no intuito de forçar a União Europeia a recuar em suas sanções econômicas, ou deixar a Europa com 40% menos do combustível.
Sim, você não leu errado. A Rússia é, sozinha, responsável por 40% das importações de gás natural na União Europeia. Até para quem é leigo, o problema é fácil de detectar: um único país tem nas mãos o mercado de um único combustível encarregado de aquecer grande parte da Europa. Alguns países até dependem integralmente do gás natural russo para não passar frio…
A situação piora quando lembramos que o gás natural é uma fonte de energia não renovável. Por ser um combustível fóssil, como o petróleo, ele depende da degradação de matéria orgânica ao longo de milhares de anos para se formar.
É claro que a falta de combustível na Europa foi proposital, instigada pela Rússia como forma de manejar a guerra. Mas pense comigo: estamos falando de um combustível que demora milhares de anos para ser produzido. Hoje a escassez é artificial, mas em algum momento vai deixar de ser.
Estou dizendo que o gás natural não é eterno e a interrupção do fornecimento russo evidencia uma “brecha” no mercado energético: a dependência de fontes não-renováveis e a dificuldade de substituí-las em caso de escassez.
Como a tendência é que a demanda por fontes de energia cresça cada vez mais, o setor é um terreno fértil para empresas do ramo que sejam capazes de atender a demanda por energia sustentável em larga escala.